Pular para o conteúdo principal

Cafeterias e o Café do Próximo!

Burton Morris / Coffee Cup / 2000

Ir a um café é um dos meus hábitos preferidos. Adoro sentar numa cafeteria, beber um café e passar horas batendo papo com amigos.

Desde os primórdios, as cafeterias sempre foram pontos de encontros e lugar onde as pessoas podiam conversar, ler, escrever ou jogar conversa fora.

A primeira casa de café surgiu na Constantinopla, em 1475, mas elas só se popularizaram no século XVII, com a abertura das primeiras casas em Londres (em 1652), em Boston (1670) e em Paris (1686).

O primeiro café de Paris, o Le Procope, existe até hoje em Saint Germain.

A cafeína, como se sabe, é um dos melhores estimulantes para o cérebro e ajudam as ideias fluirem e despertam as mais originais e revolucionárias.

Foi no Café de Foy, em 1789, que Camille Desmoulins juntou a população, iniciou a tomada da Bastilha e engatilhou a Revolução Francesa.

Foi também num café, o Green Dragon Coffee House em Boston, que aconteceu o Boston Tea Party onde os colonos protestaram contra os ingleses em 1773.

Eram tantas revoluções iniciadas em casas de café, que o Rei Charles II da Inglaterra proibiu o funcionamento de todos os cafés do Reino Unido.

Os franceses sempre defenderam as casas de café como "locais onde se tinha o direito de ler todos os jornais, fossem estes contra ou a favor do governo".

Mas a história das cafeterias que mais gosto, começou na Repúplica Tcheca, em Praga.

Lá, o compositor Jan Burian escreveu um livro chamado The Hanging Coffee, onde o personagem entra num café, o U Zavešenýho Kafe e toma um café. Na hora de pagar, paga dois cafés: o que ele tomou e um pendente para o próximo que pedir.

cafedoproximojanburian

Foi aí que surgiu o Hanging Coffee, Café Pendente ou o Café do Próximo.

Pede-se um café, e pode-se pagar por dois. E escrevem numa lousa na porta que há um café pendente. As vezes há 2, 3 ou nenhum.

Aqui no Brasil creio que só o Café Severino,  na livraria Argumento do Rio, faz essa tradição.

Em São Paulo, apesar de termos um boom de cafeterias novas nos últimos anos, não tem nada semelhante.

E é por essas histórias e tradições que bater um papo num café é sempre mais prazeiroso e gostoso! As vezes é mais fácil me encontrarem no Santo Grão do que em casa. :)

Comentários

Rubens Torres disse…
No alojamento onde moro tem café filosófico toda noite, o pessoal adora um cafezinho e o papo rola solto até tarde.
Fala sério! disse…
Adorei o Blog. Principalmente a parte do café. A vida ficaria muito sem graça se não tivessemos um lugarzinho para tomar um café e bater longos papos. Adoro isso!
Fran Prestes disse…
Sou uma apaixonada entusiasta do cafe. Acredito que uma xicara de cafe tem a magia similar de uma taça de um bom vinho! Associamos o momento de beber cafe aos amigos, à uma boa conversa casual, à momentos de descontração! Amei a historia do "hanging cooffee"!! Adorei seu blog. :o)

Postagens mais visitadas deste blog

Bolo Australiano de Banana

Ingredientes: 125g de manteiga 100g de açúcar mascavo 2 colheres de café de essência de baunilha 2 ovos 350g de banana amassada 265g de farinha com fermento peneirada 1 colher de café de bicarbonato de sódio 80ml de leite Modo de Preparo: Passo 1: Aqueça o forno a 180C. Unte uma assadeira média (por volta de 22cm). Passo 2: Usando uma batedeira, bata a manteiga, o açúcar e a baunilha por 5 minutos ou até ficar cremoso. Passo 3: Adicione os ovos (um por vez), batendo bem a cada adição. Transfira para uma tigela maior. Usando uma colher de pau, adicione e misture gentilmente as bananas, o bicarbonato de sódio, o leite e a farinha. A dica aqui é adicionar aos poucos e sempre mexendo com a colher. Misture até ficar tudo homogêneo. Passo 4: Coloque essa mistura na assadeira e leve ao forno por 30 minutos ou até o garfo espetado sair limpo. Deixe esfriar por 10 minutos até desenformar.  Substituições: Açúcar Mascavo pode ser trocado pelo Demerara ou até mesmo o branco. Eu faço uma mistur...

Bolo Australiano de Cenoura

Ingredientes: Meio copo (80g) de Açúcar Mascavo 3/4 de copo (185ml) de Azeite de Oliva Meio copo (125 ml) de Maple 3 ovos 1 colher de café de essência de Baunilha 1 copo (150g) de farinha de trigo com fermento 1/2 copo (75g) de farinha de trigo (sem fermento) 1 colher de café de bicarbonato de sódio Meia colher de café de canela em pó 2 (300g) cenouras descascadas e raladas Modo de Preparo: Passo 1: Aqueça o forno em 170C. Unte uma assadeira redonda (aproximadamente 20cm). Passo 2: Em uma tigela, junte o açúcar, azeite, xarope, ovos e a essência de Baunilha. Use um fouet ou batedor manual para misturar até ficar homogêneo. Passo 3: Peneire as farinhas, o bicarbonato e a canela em uma outra tigela.  Passo 4: Coloque a mistura dos ovos (as do Passo 2) na mistura das farinhas (as do passo 3). Usando uma colher de pau, misture bem os ingredientes e adicione as cenouras raladas. Misture gentilmente. Passo 5: Coloque a massa na assadeira e asse por 1 hora ou até o garfo espetado sair lim...

Garrafa Térmica da Stanley. Vale a pena?

Se um dia a gente se encontrar ou se voce vier em casa, voce vai perceber que sou aqueles doidos obcecados por alguma coisa. Dentre VARIAS outras coisas, o que eu amo sao as garrafinhas termicas. Não tinha muito o hábito de carregar uma garrafinha d'agua quando morava no Brasil, mas quando me mudei pra Austrália em 2009, isso virou algo essencial por andar muito, além de muito calor...Pois bem, desde então não consigo sair de casa sem uma garrafinha de água. Qd voltei ao Brasil, depois vim aqui pra Berlin isso não mudou meus hábitos e acabei colecionando várias garrafinhas.  É ótimo por todas as coisas que você já sabe (segura a agua gelada e bebidas quentes por horas), e é também companheira de viagens (os tantos de café que comprei no aeroporto pra beber no avião e evitar aquele cafezinho horroroso que servem a bordo). Pois bem, algumas garrafas snao praticamente descartaveis. Seguram o calor nos primeiros usos e logo depois parece que não funciona como deveria funcionar. Aparent...