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Mostrando postagens com o rótulo opinião

Billy Kwong: Cozinha chinesa com responsabilidade

Se você gosta dos programas de culinária da TV a cabo,  você certamente deve conhecer, além do Jamie Oliver, Gordon Ramsay e Curtis Stone, a Kylie Kwong. Kylie Kwong é australiana com ascendência chinesa. É conhecida no Brasil pela série “A deliciosa China de Kylie Kwong", transmitida pelo canal pago GNT. Aqui na Austrália é uma das chefs celebridades, com vários livros, DVDs e convidada especial em inúmeros programas de gastronomia como o MasterChef e Junior MasterChef, esse último teve sua final na última terça-feira. Ela também tem um restaurante aqui em Sydney, chamado Billy Kwong localizado no modernete bairro de Surry Hills. Ao lado de restaurantes também estrelados e caríssimos, o Billy Kwong parece intimidar quem passa pela Crown Street. O ambiente é muito pequeno, intimista e apenas uma mesa com um vaso de flor separa o salão da cozinha. Não há filas, não há a possibilidade de reservar mesa. Mas está sempre lotado. De segunda a domingo. O segredo? Vou te c

Harry’s Café de Wheels

De barraquinha a ponto de referência em Sydney Com o mundo a beira de uma segunda guerra mundial, Harry “Tiger” Edwards instalou uma pequena barraquinha para vender suas tortas de carne no final da década de 30 em Woolloomooloo, um bairro nobre, portuário e central de Sydney. A barraquinha não durou muito tempo. Harry foi convocado pela Força Imperial Australiana para lutar no Oriente Médio. De volta a Sydney em 1945 e durante a Segunda Guerra Mundial, Harry teve a ideia de montar um pequeno trailer (no mesmo local que há anos atrás fizeram famosas suas tortas de carne) para alimentar os marinheiros na zona portuária de Sydney. Não demorou muito e suas criativas tortas de carne, purê de batatas e de ervilhas com uma “piscininha” de molho de carne, apelidadas com o nome “Tiger” (Tigre), correram a cidade. Muitos saiam dos bailes chiques de Sydney e iam até o trailer no meio da madrugada para matar a fome e saciar a curiosidade. Torta de carne é uma paixão nacio

Macarons em Sydney

Calor de 43 graus, Sydney, azeite de oliva, chocolate branco e macarons: Pode parecer meio estranho, mas essa mistura conseguiu fazer algo memorável. Macaron é um doce francês que já falei aqui milhares de vezes. É também meu doce predileto. Os melhores do mundo são os da Ladurée em Paris, os melhores de São Paulo são os do chef Fabrice Lenud da Douce France. Muito provável que os da Austrália sejam o da La Renaissance. La Renaissance é uma pequena pâtisserie no The Rocks (bairro mais antigo e histórico de Sydney) que lembra muito os cafés da França, com mesinhas no lado de fora e doces apetitosos gritando para serem devorados na vitrine. Detalhe: eles só usam chocolate Valrhona… Quem me apresentou foi Marine, minha amiga francesa e, assim como eu, grande fã de bons macarons. Para minha surpresa, a La Renaissance não faz só os tradicionais sabores, como Pistache ou chocolate. Ela tem alguns sabores únicos, misturas que podem parecer estranhas, mas com um resultado m

Um bom espresso!

Não é fácil achar um bom espresso aqui na Austrália. Em Sydney, o que predomina são as cafeterias estilo fast-food, com 'shakes' a base de café, no estilo Starbucks. Mas pra quem gosta de um bom espresso, precisa procurar um pouco mais pra achar. Resolvi pedir ajuda para a Zoe Delany , vice-campeã do Australian Barista Championship (Campeonato Australiano de Baristas) , concurso que qualifica a pessoa para participar do World Barista Championship (Campeonato Mundial de Baristas) , concurso mais importante da categoria. O WBC 2009 teve a Yara Castanho do Suplicy Cafés Especiais como 16º lugar, porém, a melhor qualificação brasileira continua sendo da Silvia Magalhães do Octávio Café em 2007. Bom, a Zoe me deu algumas dicas de lugares para provar um bom espresso. Entre eles, o Mecca Espresso . O Mecca Espresso é uma pequena cafeteria encravada no meio de uma movimentada avenida aqui em Sydney. Pode passar despercebida, mas, acredite, lá tem um dos melhores cafés

Comidinha de avião

Comida de avião virou sinônimo de comida ruim. Ultimamente algums cias aéreas andam se importanto um pouco mais com isso, algumas com chefs renomados assinando o cardápio. Mas se você não está em uma primeira classe, fatalmente vc irá deparar-se com uma comida intragável. A Qantas bem que tenta, mas a comida deixa muito a desejar. Assim que vc entra no avião, recebe um cardápio com os horários e menu das refeições. Você se enche de esperança para depois se decepcionar. Minha opção para o almoço (carne com molho de tomilho e purê de batatas) estava com a carne boa, mas os legumes quase crus, e o purê de batata com gosto de... alguma coisa. E ainda teve um sorvete. Super ultra congelado e duro. No jantar, a mnha escolha seria o Salmão, mas, pra variar, não tinha mais (e viva a classe econômica) e tive que ficar com o frango com arroz e verduras e salada de repolho (sim, no avião fechado!!!), que estavam horríveis. Mas até hoje, a melor comida de avião que comi foi

Paris 6? Não, obrigado!

Sábado minha amiga e eu fomos ao teatro Frei Caneca ver o Rafinha Bastos e uma dessas comédias "stand up", que parece se reproduzir por todos os cantos da cidade e canais de televisão. Para prolongar uma noite gostosa, resolvemos ir comer alguma coisa pelos Jardins. As opções, em plena madrugada, eram a sempre boa Pasta & Vino , a muvucada e sem-mesas-vazias Galeria dos Pães e o Paris 6 . Já fui muito fã do Paris 6. Logo quando abriu, era hábito ir uma ou duas por semana, já que tinha bons pratos preços tolerantes, ambiente agradável e um atendimento atencioso. Mas isso não durou muito tempo. Logo depois do Sr. Isaac Azar fechar as portas do seu outro restaurante, o Azaït, que já teve a ótima Renata Braune como chef, parece que começou a errar a mão no Paris 6. O ambiente começou a ficar, digamos, estranho com tantos posters de cafés "a la Fran's" pelo corredor lateral. O cardápio mudava constantemente, e por alguns meses não existia uma carta de c