A crise econômica nos EUA e na Europa está influenciando o mercado de café e gerando uma tendência curiosa.
Geralmente em tempos de recessão, a economia entra no que os economistas chamam de Fator Latte: se você deixar de tomar o seu latte, espresso, cappuccino por dia no Starbucks ou naquele lugar perto do trabalho, você economiza não sei quantos (muitos) mil dólares no final do ano.
Mas recentemente tudo mudou e aponta-se a uma tendência: as pessoas não desistiram de tomar café, mas passaram a tomar em casa, com o cuidado de não comprometer a qualidade.
As máquinas de espresso estão se popularizando muito rápido e há uma explosão de vendas nas máquinas que funcionam com cápsulas, como as da Nespresso.
Mas será que os cafés em cápsulas serão o futuro do café feito em casa?
Segundo pesquisa do instituto Euromonitor, não. Com o aumento da concorrência das máquinas de café em cápsulas, os preços estão despencando, fazendo com que as pessoas preterem as famosas cafeteiras de filtro de papel. O ápice se dará em 2014, quando as máquinas com cápsulas serão o método caseiro mais popular de se fazer café. Mas o fato é que hoje essas máquinas estão introduzindo muita gente no mercado gourmet de café, sabendo escolher blends, origem e procedência.
Já as máquinas de espresso estão sofrendo uma "premiumização", se tornando um produto premium.
Ou seja, daqui há alguns anos os consumidores de máquinas com cápsulas se sentirão amarrados a uma determinada marca, sem poder trocar ou provar outros tipos de cafés e passarão a desejar um produto mais premium, podendo gastar um pouco mais com uma cafeteira espresso, livres para escolher e comprar o grão que quiser e onde bem entender.
Ou seja, o mercado de café segue inovando e se mostrando bem dinâmico mesmo em tempos de crise.
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